domingo, 1 de dezembro de 2013

A audiodescrição como ferramenta de enriquecimento cultural e pedagógico para deficientes visuais

A pessoa com deficiência visual necessita de experiências e interações em variados espaços de cultura e comunicação, vivenciando prazeres e saberes que certamente contribuirão para a formação de seu universo conceitual.
A audiodescrição é um dos preciosos  recursos que auxiliam na construção do conhecimento, possibilitando o surgimento de novas representações simbólicas, através dos "olhos mentais".
O recurso de audiodescrição envolve os aspectos afetivo-emocionais e pedagógicos, estimulando a organização do pensamento, a permanência do objeto e a expressão verbal espontânea das experiências.
Assim sendo, infere-se que a audiodescrição tem relevância no âmbito pedagógico, favorecendo o sentimento de confiança e auto-estima da pessoa com deficiência visual, estimulando a participação ativa em seu processo de aprendizagem.

Virgínia Dely

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Jogo para favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com DI

Trabalhar com jogo envolve planejamento e exige intervenções por parte do professor para que, mais que jogar ou brincar, haja aprendizagem. Deve ser pensado as possíveis explorações para que o aluno aprenda:

JOGO CAUSA-EFEITO



   



FEIRA





ESCOLA





 HIGIENE





NATUREZA
                                                                           

                                                                                            
                          





                                                                                             

    

DESCRIÇÃO DO JOGO

Preparar cartões com imagens e cartões com palavras que revelem situações de causa e efeito.
1 - A aluno escolhe um cartão de palavra.
2 - A professora contextualiza a palavra escrita no cartão.
3 - O aluno observa dentre os cartões de figuras qual está associado ao contexto referido pela professora.

EXEMPLO: Cartão com a palavra FEIRA, após a contextualização da professora deverá ser associado à imagem correspondente.
          
Com o jogo CAUSA-EFEITO a professora estará trabalhando com o aluno DI as habilidades de orientação espacial, ampliação do vocabulário e do universo conceitual, bem como estimulará a associação de ideias.
           
Os mecanismo de aprendizagem instigados nesta atividade serão:

1. 
Atenção: Possibilitará ao aluno explorar a imagem e sua contextualização envolvendo a competência visual, auditiva e emocional, dentre outras.

2. 
Memória: Será trabalhada através do processo de intervenção e regulação de conhecimentos anteriores através de indagações permanentes sobre o contexto presente na atividade que está sendo realizada.

3. 
Transferência do conhecimento: A cartela estimulará o aluno a analisar imagens e o contexto, relacionando-os a conhecimentos anteriores.


O professor deverá estimular o aluno à recontextualizar os cartões de imagem, podendo ser desenvolvido através de atividade dialógica, desenho, construção de modelos, dentre outros.

domingo, 8 de setembro de 2013

Recursos de Tecnologia Assistiva.

A prancha de comunicação imantada é um recurso de baixa tecnologia aumentativa. Pode ser confeccionada a partir de material de sucata em tamanho 50 X 30 (Cm) preferencialmente na cor preta. Os símbolos (letras, números e figuras) devem conter fundo amarelo e possuir magnetismo para uso na prancha.


O uso da prancha está relacionado a exploração de possibilidades na comunicação de alunos com dificuldades na área da linguagem; expressão de emoções, desejos e conhecimentos presentes no repertório do educando; ampliação de seu universo conceitual e aprendizagens referentes ao conhecimento acadêmico.


Através da prancha de comunicação o educando desenvolve as habilidades de atenção, concentração, seleção, memorização, criatividade e principalmente a percepção da prancha como meio de comunicação com seus pares.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

AS IMPRESCINDÍVEIS AÇÕES DO AEE

Diante dos desafios que se impõem atualmente à efetivação da vida cidadã, a educação se destaca quando estabelece princípios e diretrizes legais que convergem para atender aos anseios e necessidades da população com necessidades especiais.
Assim a educação busca promover o novo paradigma dentro das instituições educacionais através de campanhas, programas e outras ações que possam favorecer e efetivar o processo de Inclusão.
Corroborando com os pressupostos da inclusão educacional, destaca-se dentre outros o professor que trabalha no AEE, o qual desempenha papel fundamental nesse processo, à medida que é um importante elemento de articulação da inclusão, realizando ações de esclarecimento e sensibilização da equipe escolar e comunidade, viabilizando o estreitamento das relações entre aluno, família e escola, organizando e orientando sobre o espaço físico da SRM e dos outros ambientes para que sejam adequados aos alunos, bem como identificando e procurando solucionar situações de desapreços e violências direcionadas aos educandos.
Dentre outras atribuições do professor de AEE, tem forte evidência o desempenho da ação docente na SRM, que visa desenvolver os aspectos sócio educacionais e culturais, considerando as dificuldades e elevando os aspectos potencializadores dos educandos, produzindo, organizando, selecionando materiais, assessorando e acompanhando o desenvolvimento dos educandos em classe.
No trabalho a ser desenvolvido com o educando, o professor de AEE prioriza o estudo de caso, buscando informações com os responsáveis sobre os aspectos que permeiam o desenvolvimento do educando, considerando as interfaces familiar, socioeconômicas, afetivas e culturais, que se constituem em imprescindíveis elementos de análise para definir as necessidades no aspecto cognitivo, sensorial, motor etc, que serão elementos indicadores para a elaboração do Plano de AEE.
O Plano de AEE ao ser elaborado levará em consideração todos os aspectos evidenciados anteriormente, buscando elencar dentro dos processos de atendimento as estratégias, metodologias, recursos, orientações, acompanhamento e encaminhamentos mais adequados, enquanto respostas educacionais ao educando, contribuindo para a sua aprendizagem.

domingo, 26 de maio de 2013

A legitimidade e o direito das pessoas com deficiências.

As ações propostas para a Educação Especial tem sido, historicamente, alvo de análises e críticas por parte da sociedade, por não atenderem as expectativas e as necessidades das pessoas com deficiências.
No entanto, ao acompanhar o processo de transformações sociais e educacionais, fortalecido pelo paradigma da Inclusão, reconhecemos que este é um caminho sem volta. 
No que se refere aos direitos dos cidadãos e dever do Estado temos que reconhecer avanços significativos  quanto ao reconhecimento desses direitos, através de  políticas públicas que estão postas ou estão em processo, e os documentos legais que garantem a efetividade de ações afirmativas que vem ao encontro dos anseios das pessoas com deficiência.
Dentre os documentos mais atuais e abrangentes podemos destacar:
- Resolução n° 4, de 2 de outubro de 2009, do CNE/Câmara de Educação Básica,  que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial ( Diário Oficial da União, Brasília, 5 de outubro de 2009,Seção 1, p.17).
- Marcos Políticos-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,  que contextualiza a Educação Especial no Brasil e faz um resgate de importantes normativas que permearam essa trajetória (Secretaria de Educação Especial do MEC, 2010.72 p.).
Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, da Presidência da República, que dispõe sobre a Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado e dá outras providências (www.planalto.gov.br/ccivil_03_ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm#art11).




Vídeos sobre Tecnologias

Considero os vídeos muito interessantes, pois a análise sobre o Help Desk na Idade Média me fez refletir que ações tão simples para os dias atuais, onde qualquer pessoa com o mínimo de habilidades pode executa-las, em tempos remotos deve ter sido muito complexa a sua execução.

Atualmente, as pessoas têm convivido de maneira mais usual com as ferramentas tecnológicas, o que vai permitindo a ampliação de seu domínio no mundo virtual. Acredito que essa é uma tendência que está resgatando muitas pessoas da caverna, para inseri-las no contexto da globalização.

Já o vídeo web 2.0 nos revela que a tecnologia difundida na sociedade moderna traz muitas possibilidades aos indivíduos, e a sociedade de uma forma geral, proporcionando entre outras situações a abrangência de seu universo social e cultural, encurtando distâncias e possibilitando ao mesmo tempo o acesso e a universalização do conhecimento.


Você pode viajar pelos vídeos através dos respectivos links:

http://www.youtube.com/watch?v=IJq-x2Vrv8c

http://www.youtube.com/watch?v=X4n90pO-kRk

DIGNIDADE HUMANA COMO DESAFIO DA INCLUSÃO ESCOLAR

A Inclusão é um princípio, um  modo de vida, uma concepção de Ser  na vida em sociedade. Acredito que  uma pessoa verdadeiramente  inclusiva tem em sua essência a naturalidade em compreender, aceitar, agir e  contribuir para que o direito do outro seja respeitado. Nessa perspectiva, ressalto a publicação da anpedsul, no endereço www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1191/652 , da qual faço importante recorte, porém indico sua leitura integralmente, pois trata-se de reflexões significativas para a formação de todos os educadores.

DIGNIDADE HUMANA COMO DESAFIO DA INCLUSÃO ESCOLAR

Desejar fazer inclusão escolar exige olhar o ser humano na perspectiva da dignidade humana. Evitar que crianças tenham sua dignidade abalada significa optar por uma lógica, não excludente, mas de acolhimento. Afirma LUCKESI (2003, P.38), que um exercício de dignidade humana é: “acolher o educando [...] Sem acolhimento, temos a recusa e a impossibilidade de estabelecer vínculo do trabalho educativo, com que está sendo recusado.”. Para Assmann (1998, p.29), a escola deverá ser de fascinação e inventibilidade. Educar é confirmar a dignidade do outro.

ENSINO A DISTÂNCIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES

ENSINO A DISTÂNCIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES 
Cursista: Virginia Dely da Costa Benjamin
Belém, 30 de abril de 2013

Brasil, país que não apresenta tradição em grandes investimentos na área da educação, tem evidenciado grandes defasagens para a sociedade em relação a melhor compreensão das estruturas sociais, culturais, econômicas, políticas, científicas, ambientais e outras, reproduzindo significativas desvantagens para a sociedade, ao longo dos anos.
 
Em década recente, a LDB 9394/96, atendendo ao clamor de vários segmentos sociais e buscando melhorar a qualidade da educação nacional, determinou prazo para que professores da educação básica fossem qualificados pelas Instituições de Ensino Superior. Surgem então as IES para atender a demanda reprimida cujo objetivo era a formação profissional para atuar no mercado de trabalho.

Assim, as IES oferecem à sociedade os cursos com formatos diferenciados, sustentados por metodologias que envolvem aulas tradicionais, semi-presenciais e em ambientes virtuais. Nesse processo estrutura-se a modalidade EAD com estruturas física e pedagógica que contemplam muitos cursistas ao mesmo tempo, permitindo o planejamento de tempo e espaço para a realização dos estudos, interação, pesquisa e produção de material, bem como a comparação e análise prática das aprendizagens construídas.
 
Acredito que os cursos de graduação e pós-graduação a distância oferecem formação acadêmica de qualidade, através de infra-estrutura e proposta pedagógica inovadora , atendendo as necessidades dos cursistas e possibilitando a superação de suas dificuldades pois muitas vezes por sua extensa jornada de trabalho não dispõem de tempo e oportunidade para frequentar uma instituição com programa de educação presencial.
 

No entanto, apesar da estrutura atrativa da EAD os cursistas devem apresentar um perfil que se caracterize pela tríade necessidade/oportunidade/determinação, como elementos essenciais para o desenvolvimento do curso. Há que se entender que quanto maior a autonomia para estudar, maior também será a responsabilidade e se não houver planejamento, organização e disciplina o desempenho acadêmico ficará comprometido, bem como a conclusão do curso.
 


Penso que outro fator desfavorável ao cursista é a inabilidade com o uso de algumas ferramentas a serem utilizadas nos ambientes de aprendizagem, bem como a falta de equipamentos adequados e outros recursos podem inicialmente dificultar o processo de EAD.
 
Considero relevante que estudos em EAD não podem prescindir de uma Tutoria que estabeleça boas relações com a turma, motivando-nos para encontros, debates e interações on-line, articulando sempre para que se estabeleça um ambiente harmonioso e colaborativo entre todos e se fortaleça o sentimento de solidariedade e unidade entre os cursistas.